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    ANTROPOLOGIA FORENSE

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              Antes de iniciar sobre esse tema, te convido para juntos fazermos uma breve viagem no tempo. Isso mesmo! Para que você possa entender melhor, vamos dar um pulinho lá no ensino fundamental (bons tempos, não é?). Pois é! Então pegue seu Golden Ticket e vamos lá!

    Indo agora para o período pré-histórico, acho que você lembra como o homem teve que se adaptar para sobreviver, lembra? Certeza que sim! Então, todo esse processo evolutivo no decorrer dos milhares e milhares de anos, foi moldando o homem, tanto no aspecto genético quanto no morfológico. Isso porque as informações gênicas também foram sofrendo modificações e sendo passadas de geração em geração. Agora vamos para a parte matemática da coisa (brincadeira):

    Fenótipo= Genótipo + influência do meio

    (Espero que não você não tenha matado as aulas de Biologia)

    Olhando pelas lentes do processo evolutivo, não tem jeito, temos que compreender que a evolução humana é um processo dinâmico e que sofre influência genética, histórica, geográfica e morfológica. Portanto, as características do cabelo, cor da pele, formato do rosto, cor dos olhos, características ósseas, sofreram um processo evolutivo até ser o que é.

    Por conta disso, a Antropologia Forense desempenha um papel extraordinário na identificação de restos humanos em estados diferentes de esqueletização e até mesmo na determinação da possível causa da morte do indivíduo . Ah, mas antes, bem rapidinho, tenho que explicar a diferença entre Identidade e Identificação. A identidade é o seguinte... Hum... A identidade vai ser o conjunto de características de uma pessoa que a faz diferente de todas as outras. São características próprias permanentes que podem ser natas ou adquiridas. Já a identificação é todo o processo que é feito para individualizar uma pessoa ou objeto. É onde se compara o que se tem com dados que foram registrados anteriormente - (Lembrando que essa identificação pode ser civil ou criminal e você entenderá um pouco mais à frente).



    Só que, nem tudo são flores né, amores? Para que esse processo de identificação se aplique, existem algumas regrinhas. São cinco requisitos que devem ser preenchidos, sendo três requisitos biológicos (Unicidade, Imutabilidade, Perenidade) e dois requisitos técnicos (Praticabilidade e Classificabilidade). Não vamos entrar no mérito da descrição de todos eles para não ficar cansativo. Será algo compreensível no decorrer do texto.

    Você lembra da identificação criminal comentada antes?  Então, antigamente a coisa funcionava de uma maneira peculiar, um tanto agressiva.  No intuito de marcar os criminosos e até mesmo as prostitutas, eram feitas marcações com ferro em brasa! Isso mesmo, queimaduras, além de mutilações e tatuagens. Tais marcas serviam tanto para a sociedade manter distância dessas pessoas como para dar uma ajudinha na formação de seus grupos. O tempo foi passando e os estudiosos suando a camisa para se chegar à um método mais viável de identificação.

    Vamos entrar no momento CSI da coisa? Sim, claro ou com certeza? Elementar, meu caro leitor. O tempo passou, passou até que um dia alguém teve a brilhante ideia de estudar as impressões digitais. Aquela coisinha bonitinha de se ver que parece mais a bochechinha do Jig Saw dos Jogos Mortais. Quando olhamos para os nossos dedos, para a polpa digital - formada por sulcos e cristas - vemos o Desenho Digital. A impressão digital é a marca que deixamos nas superfícies ao tocá-las – a marca é a reprodução do desenho digital. Tais características preenchem alguns dos requisitos biológicos citados anteriormente: unicidade, por ser única em cada indivíduo; imutabilidade, por não sofrer mutação ao longo do tempo; classificabilidade, por ser fácil de classificar e armazenar as informações, e, praticabilidade por conta da facilidade de se coletar as impressões.

     No ano de 1891, Juan Vucetich desenvolveu, na Argentina, o sistema de identificação dactiloscópico que é utilizado até hoje (e que graças à tecnologia você não precisa mais melecar seu dedo com tinta de carimbo). Ele estabeleceu quatro dactilogramas básicos que são identificados por letras e números e aplicados à uma fórmula que é INDIVIDUAL. Tal sistema foi aceito pelo Brasil em 1905.

    A interpretação dessas impressões é feita a partir da análise de pontos específicos contidos na impressão. É feita a comparação da impressão encontrada com a impressão do suspeito ou da vítima. Caso haja coincidência em 12 -20 pontos, deu match! (Tem como não amar?)

    Acontece que, em algumas situações específicas, nem sempre será possível coletar a impressão digital. Um exemplo disso é a ocorrência de um desastre em massa que , dependendo do agente causador, pode provocar a perda severa de tecido biológico do indivíduo. Outro exemplo é o estado avançado de putrefação. E agora? Quem poderá nos socorrer? O Chapolin Colorado? Não. Os dentes! 

    Os elementos dentários são extremamente resistentes a altas temperaturas, condições ambientais, entre outros fatores. A literatura vai nos dizer que não existem duas pessoas com dentaduras iguais porque os  elementos dentários possuem características individualizadoras. Características dentárias como a forma, tamanho, número, tratamentos dentários, posicionamento do elemento na arcada, são características que podem auxiliar na estimativa de idade, de grupo étnico, altura e determinação do sexo.

                 O bicho pega quando se fala em Antropologia no Brasil, (os Odontolegistas que o diga), pois muitos fatores acabam por dificultar o processo de identificação.

    Em casos da identificação pelos dentes, se tratando de desastres em massa, os odontolegistas ficam na expectativa de receber a documentação ante mortem  por parte dos familiares para que assim possa ser feito o confronto com informações obtidas no exame odontolegal. Já em cadáveres esqueletizados (ossadas) a coisa fica um pouco mais difícil. Se faz necessária a busca (reclamação) por parte da família para que o odontolegista solicite a documentação odontológica, e realize o confronto com as informações de um ou mais cadáveres que preencham os requisitos que estão sendo citados pela família do desaparecido.  

    Outro ponto que por vezes dificulta o exame antropológico pelos dentes, em casos de ossadas, é o fato de nem sempre a mandíbula ser encontrada próximo ao crânio. Por ser um osso articulado, é muito provável que animais levem a mandíbula para poder se alimentar dela outro lugar… e lá se vão os dentes - o que vem a prejudicar, por exemplo, a estimativa da altura pelo método de Carrea (1920) que utilizada os dentes da arcada inferior como referência.  Além disso, os dentes podem ser perdidos do alvéolo durante a manipulação da ossada (tadinho dos peritos, né?). 

     Muitas informações bombardeiam a nossa mente, principalmente no nosso país que sofreu um baita processo de miscigenação. E agora? Como partir do zero diante de um cadáver esqueletizado? Graças aos estudiosos desse tema, alguns métodos foram desenvolvidos a fim de separar, da melhor forma, o que verificar, seja de forma qualitativa ou quantitativa, para se estimar a ancestralidade, idade, altura, determinar o sexo, e se possível, a causa da morte. Outras partes ósseas também têm sua importância na determinação ou estimativa de algum dado. A exemplo dos ossos da pelve, vulgo bacia, que, segundo a literatura, constitui o osso mais dimórfico, sendo o de primeira escolha na determinação do sexo. 

    Vale lembrar que nenhum método por si só afirma que a ossada em estudo pertence a tal etnia ou tem idade “x”. Tudo é estimado. Todos os métodos desenvolvidos são opções para que se possa chegar o mais próximo possível do provável. 

    Bom, chegamos ao final do nosso tour! Espero que tenha aproveitado! Fico nessa estação. Aguarde os próximos textos porque vem muita coisa boa por aí!

    Isis Teixeira


    Referências:


    VANRELL J. P. Odontologia Legal e Antropologia Forense. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019. p. 247 - 363


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