A Queiloscopia é a ciência que estuda as impressões labiais. O estudo de tais impressões é realizado levando em consideração os sulcos e fissuras presentes na parte externa dos lábios, posição das comissuras labiais e grossura dos lábios. Em termos de classificação, as impressões labiais não apresentam uma padrão, todavia, a mais utilizada nos estudos e pesquisas da área é a de Suzuki e Tsuchihashi (1970) , que considera os sulcos labiais com relação a forma e o curso dos mesmos, sendo estes os tipos mencionados: linhas verticais completas e incompletas, linhas ramificadas ou bifurcadas, linhas entrecruzadas, linhas reticuladas e linhas em outras formas. A principal aplicação desta ciência é na criminologia, na qual é possível incluir ou excluir suspeitos potencialmente envolvidos em um caso através de impressões labiais deixadas em um copo, por exemplo. No que se refere a identificação humana, a queiloscopia encontra como desafio para ser considerada um método de qualidade no campo da identificação o fato de não apresentar uma classificação universal.
Ainda vale ressaltar que a mesma
cumpre o requisito da imutabilidade, mesmo levando em consideração que, com o
avançar da idade, ocorre uma diminuição da massa muscular, o que modifica
sensivelmente a impressão labial.
Referências:
FRANÇA, G.V. Medicina Legal, 11ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan Ltda., 2019. 9788527732284. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732284/cfi/6/28!/4/608/2@0:0/.
BARROS, G. B. Queiloscopia: uso da técnica na
identificação forense [Dissertação de mestrado]. São Paulo: Faculdade de
Odontologia da USP, 2006.
FERNANDES, L. C. C.; SOARES, A. C. M.; OLIVEIRA, J. A. et al.
A queiloscopia na identificação humana: o papel da calibração. RBOL-Revista
Brasileira de Odontologia Legal, v. 4, n. 1, 2016.
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